Para assegurar o acesso a suprimentos externos, um governo tem várias opções: pode procurar relações bilaterais com os principais produtores; pode criar um sistema de fornecedores preferenciais; pode participar de movimentos mais gerais como o diálogo Mercado Comum-País Árabe ou de acordos de comércio como a Convenção Lomé; pode oferecer assistência tecnológica; ou pode participar de esforços internacionais ainda mais amplos, como a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Conferência de Cooperação Econômica Internacional (CCEI). Pode, naturalmente, fazer tudo isso ao mesmo tempo.Para reduzir a necessidade de acesso a suprimentos externos, um governo pode programar políticas de conservação, oferecer incentivos para o desenvolvimento de alternativas energéticas, encorajar as pesquisas, etc. Essas são medidas essencialmente internas que um governo pode tomar para reduzir a demanda e estimular a produção. O sucesso dessas políticas será determinado pela oportunidade das medidas, pela decisão com que forem adotadas, pelas políticas econômicas vigentes e pela disponibilidade de recursos energéticos naturais no país.
A questão do acesso aos recursos energéticos envolve na verdade três interesses, que são compartilhados por lodos os países carentes de energia:
I. O suprimento de energia importada deve ser suficiente; existe um nível de importações abaixo do qual a segurança nacional é colocada em risco.
2. O suprimento de energia importada deve ser contínuo. Interrupções ou cortes no suprimento podem ter sérias repercussões políticas e econômicas nos países industrializados. Naturalmente, é esta vulnerabilidade a interrupções do suprimento que dá aos estados fornecedores uma poderosa arma contra os países que dependem de energia importada.
3. A energia importada deve ser obtida a preços "razoáveis" .
O mais difícil de definir dos três aspectos do acesso. E evidente que o preço pago deve guardar alguma relação com o custo de formas alternativas de energia tanto disponíveis como planejadas. O preço deve também refletir o fato de que as atuais fontes de energia não são renováveis e suas reservas estão diminuindo. O preço também deve refletir uma "capacidade de pagar".
Esses três fatores - um suprimento suficiente e contínuo a um preço razoável - constituem um trio indissolúvel de interesses energéticos. A falta de qualquer um desses fatores pode ter conseqüências desastrosas para o bem-estar econômico, a estabilidade política e a segurança nacional do país consumidor.
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